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Especial

As melhores no Brasil em 2021 – Isabele “isa1” Glym (5)

A jogadora fez parte da primeira organização que investiu no VALORANT feminino e brilhou em 2021

Isabele “isa1” Glym foi uma das jogadoras que esteve presente na primeira escalação feminina de uma grande organização brasileira, em 2020, mas foi nessa temporada que a atleta de 20 anos despontou a ponto de ocupar a 5ª colocação na lista do VALORANT Zone das melhores no Brasil.

Influenciada pelos irmãos mais velhos, o primeiro contato de isa1 foi com o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), FPS desenvolvido pela Valve, nas famosas lan houses e que eram bastante populares no Brasil no começo dos anos 2000. As primeiras experiências competitivas viriam quase 10 anos depois, quando jogou alguns campeonatos de pequeno porte de CS.

Sempre gostei muito de competir, então, independente se aquilo poderia se tornar uma profissão ou não, sempre segui jogando. Tive que parar durante uma época, mas voltei a jogar quando lançou o VALORANT. Chegou a oportunidade de poder jogar profissionalmente e foi aí que a minha carreira de jogadora começou.

Foto: Bianca Ferreira/Havan Liberty

O motivo da pausa na tentativa de carreira profissional aconteceu por conta do trabalho. De acordo com isa, conciliar a jogatina com os estudos era tranquilo, mas com o trabalho foi bem difícil. Entretanto, com uma família bastante atuante na área de jogos, a jogadora não enfrentou uma resistência de pais ou amigos ao buscar uma nova iniciativa de jogadora profissional.

Minha mãe levava a gente para fazer corujão na Lan House, então praticamente cresci jogando. Só que, quando fui me tornar profissional no início do VALORANT, minha família não apoiou e nem criou barreiras. Foi tipo ‘vamo vê o que vai dá’, e foi até uma aposta minha também, que ainda bem que está dando certo. Hoje em dia, o pessoal da minha família apoia 100%.

INICIO NO VALORANT E CONTRATADA PELA VIKINGS

Assim como um roteiro de filme de aventura, os primeiros passos de isa1 na cena competitiva do FPS da Riot Games foi de bastante luta. A jogadora se juntou com Yasmin “hannabacon” Goetten, Mirella “mizi” Gomes, Luisa “BEAR” Mendonça e Natália “nat1” Menezes para iniciar uma trajetória que mudaria os olhos das organizações brasileiras no cenário feminino.

O que mais comemorei (título na carreira) até então foi o Metrópole Rivals Women’s Cup, quando ganhei da Meta Gaming com um time Fake e foi aí que conseguimos um contrato com a Vikings e minha carreira começou.

Além do título, a campanha ao longo de toda a competição do time surpreendeu muitas pessoas. Pouco menos de um mês depois, as cinco jogadoras foram contratadas pela Team Vikings, sendo a primeira organização brasileira a investir nas meninas do VALORANT.

Foto: Reprodução/Team Vikings

A equipe permaneceu junta por cerca de cinco meses, passando por mudanças na escalação durante esse período, como a saída de Natalia “nat1” Meneses. A equipe não conseguiu repetir o bom resultado ao longo do Protocolo Gêneses e acabaram sendo dispensadas pela organização em abril de 2021. A isa1, por sua vez, não ficou muito tempo longe de uma nova casa e foi procurada pela Liberty.

A Vikings foi minha primeira organização como profissional e a primeira a investir no cenário feminino de Valorant no Brasil, então fico muito feliz de poder ter feito parte disso tudo. Quando recebi convite da Liberty, eu fiquei feliz porque meu trabalho finalmente estava sendo reconhecido.

HAVAN LIBERTY E TOP 3 NO BRASIL

A jogadora chegou e não teve muito tempo de adaptação para entrar no servidor e competir com a nova camisa. Nesses nove meses com a Liberty, isa1 ajudou o time a se estabelecer como a terceira grande força do país na cena feminina, travando grandes duelos contra Gamelanders e B4 Esports.

Eu acho que rivalidade é algo fundamental em um jogo de FPS, mas sempre dentro do servidor. Sempre foi bem de boa, claro que rola uma atirada no corpo no meio do game, mas é natural, no calor do momento e depois passa“, disse isa1 sobre os confrontos contra as duas equipes que dominaram o Brasil em 2021.

A Liberty passou por três grandes mudanças na escalação ao longo do ano, saindo Beatriz “Bia” Terra, Victoria “Blu” Ceniz e Leticia “let” Dias para as entradas de Yasmin “hannabacon” Goetten, Melissa “meL” Millena, além da Isabele “isa1” Glym.

Não acho que tenha faltado alguma coisa (para melhores resultados contra B4 e GL), fizemos o que dava para ser feito naquele momento. Tivemos muita troca de line durante o ano inteiro e não conseguimos manter o trabalho contínuo. Mérito total das meninas da GL e da B4 por estarem melhor preparadas que a gente.

Foto: Bianca Ferreira/Havan Liberty

Contudo, o segundo semestre da Liberty foi de bons resultados, terminando na terceira colocação do Game Changers Series Brasil 2, com os vice-campeonatos de Spike Ladies, Girls On Fire, 2ª etapa da Copa Rakin 2021 e encerrando a temporada com o título do Girl Power #3 em cima da B4 Angels.

Conseguimos terminar o ano com um título e isso foi incrivel. Ter ganhado esse ultimo campeonato foi importante para o time como um todo, deu mais certeza de que esse é o time que queremos em 2022, não que houvesse dúvidas, e vamos estar muito mais preparadas.

A 5ª MELHOR NO BRASIL EM NÚMEROS

A atleta esteve presente em todas as grandes competições femininas disputadas no Brasil, nesta temporada, se fazendo presente em dez das listas das melhores jogadoras produzidas pelo VALORANT Zone, somando 174,8 VZone Points.

A isa1 terminou 2021 com quase 220 de ACS (pontuação média de combate), 134 de ADR (dano médio por round), 1.15 de KD (Eliminações/mortes), enquanto registrou 0.77 de KPR (Kill por Round), de acordo com os números coletados thespike. Apesar dos bons números, a jogadora exaltou a maturidade que adquiriu em relação ao ano anterior.

Acho que me tornei uma jogadora mais madura quando sai da minha função de duelista e comecei a ser flex durante um tempo dentro do time. A oportunidade de estar em uma equipe com uma boa comissão técnica me ajudou bastante também, comecei a enxergar o que dava certo para mim e pratiquei muito mais.

Jett, Skye e Raze foram os três agentes mais escolhidos pela jogadora ao longo do ano, mas a Skye apareceu pela necessidade do time. “Foi assim que a Skye tomou um pouco o lugar da minha Jett. Mas minha paixão é a Jett mesmo e adoro ser duelista/operator“.

É muito importante pelo fato do reconhecimento (estar no Top 10 do VZone), fico muito feliz de poder ter feito um ano bom e que consegui ajudar o meu time a estarmos no topo do VALORANT Feminino no Brasil, isso me motiva muito mais pro ano de 2022.

EXPECTATIVAS 2022 E APOSTA EM MINDLE

A nova temporada no cenário de VALORANT feminino terá o Mundial do Game Changers, anunciado pela Riot Games há algumas semanas. Assim como não podia ser diferente, o objetivo da próxima temporada de isa1 é conseguir a vaga da América Latina para o principal campeonato da modalidade; a jogadora também exaltou a iniciativa que poderá abrir mais portas para organizações ingressarem na cena feminina.

Uma oportunidade para entrada de novas organizações no cenário e, consequentemente, mais mina tendo a chance de poder mostrar o potencial aí para geral. As expectativas são as melhores, segundo ano de VALORANT e já vai ter um Mundial Feminino, isso é insano! E pode ter certeza que vou está lá com meu time.

Por fim, a jogadora apostou em Elaine “mindle” Takahashi para brilhar na próxima temporada. “Apareceu muita menina boa e baluda por aí, mas acho que a mindle merece um lugar nesse top 10, espero que ela esteja presente nesse, inclusive”.

A previsão de isa1 já deu certo, afinal mindle ingressou no Top 10 de 2021 e foi eleita pelo VALORANT Zone a 9ª melhor jogadora da temporada. Para ver a lista completa, acesse aqui.

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